Caminhão Museu

O Caminhão Museu

Desenvolvido pelo Projeto República | UFMG entre as atividades da Comissão Especial Curadora do Bicentenário da Independência do Brasil no Senado Federal, a exposição Itinerários da Independência usa diferentes recursos expográficos, audiovisuais e bibliográficos para contar a história dos vários projetos e conflitos políticos que existiram em torno da Independência do Brasil. Vista do Rio de Janeiro, a Independência concebeu a ideia de Império.
Um meio eficaz de manter a unidade territorial da antiga colônia, concentrar poder e preservar a escravidão – criou a matriz de configuração do Estado brasileiro. Mas não foi o nosso único projeto de Independência. Em 1817, Pernambuco abriu o ciclo revolucionário da Independência. Sustentou um programa de emancipação libertário e radical: federalista, republicano e voltado para a garantia do princípio de autogoverno provincial. O ciclo revolucionário da Independência se estendeu até 1824, com a Confederação do Equador. É a nossa outra Independência, como definiu o historiador Evaldo Cabral de Mello. No Sul, a Banda Oriental já enfrentava uma conjuntura de guerra antes mesmo de ser incorporada ao Reino do Brasil, tornando-se a província Cisplatina (atual Uruguai). Na Bahia, uma guerra contra as tropas portuguesas dominou o cenário da Independência e se estendeu até 1823. No Piauí, numa das batalhas mais sangrentas da Independência, 200 brasileiros foram mortos a tiros de canhão, no leito seco do rio Jenipapo. O Grão-Pará e o Maranhão recusaram a Independência.
Seu projeto político defendia permanecer na condição de Reino Unido a Portugal e Algarves. A exposição Itinerários da Independência apresenta ao visitante diversas oportunidades para conhecer um pouco mais sobre essa história. 

A capital maranhense, São Luís, que recebeu em 1997, da UNESCO, o título de Patrimônio Histórico-Cultural da Humanidade, é uma importante cidade colonial com casarões revestidos de azulejo, testemunho da colonização lusitana. No passado, Alcântara, primeira cidade do estado tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, foi a sede da aristocracia maranhense. Hoje, suas ruínas guardam a memória desse tempo glorioso e dividem atenções com o ícone tecnológico do estado: o Centro de Lançamento de Alcântara, o segundo centro de lançamentos de foguetes do Brasil. Pacata e tranquila, a cidade é cercada por uma natureza exuberante e é, sem dúvida, a mais imponente cidade histórica da Amazônia Legal.

Possui  infraestrutura e serviços públicos relacionados com aos recursos:comunicação, transportes, com equipamentos e serviços próprios do setor turístico (como hotéis, restaurantes, agências de viagem, empresas de aluguel de carros, serviços de guias, etc.);  que seguramente sobre as capacidades das pessoas que vivem e prestam serviços para o turismo.

Cabe um destaque  para os cinco Polos Turísticos para o Maranhão, que correspondem aos atuais: Polo São Luís, Pólo Parque dos Lençóis Maranhenses, Polo Chapada das Mesas, Polo Delta das Américas, Polo Floresta dos Guarás, aos quais foi acrescentado ainda durante o primeiro período de implantação, mais um, o Polo Lagos e Campos Floridos. Atualmente o território turístico do Maranhão está constituído por dez Polos Turísticos. Os novos Polos são: Polo Amazônia Maranhense, Polo Munim, Polo Cocais e o mais recente criado pela Secretaria de Turismo, o Polo Serras, Guajajara, Timbira e Kanela.

A rede hoteleira de São Luís passa por um processo de expansão, se distinguindo pela existência de hotéis de maior porte e pela atuação de redes como o Grupo Solare, o Pestana, e a Atlantica Hotels

Na mistura cultural gerada pela presença de portugueses, holandeses, franceses, indígenas e africanos, em meio à natureza brasileira, o Maranhão adquiriu traços culturais exclusivos, que se mantêm vivos e presentes, e são revelados na gastronomia, nas danças e nas festas populares.

A cozinha maranhense sofreu influência francesa, portuguesa, africana e indígena. Caracteriza-se por tempero diferenciado e relativamente mais leve quando comparado com a cozinha nordestina em geral, fazendo uso de ingredientes como cheiro-verde, cominho em pó, pimenta-do-reino e frutas exóticas. A presença de peixes e frutos do mar como camarão, sururu, caranguejo, siri, pescada, robalo, tainha, curimatá, mero, surubim e outros peixes de água doce e salgada é marcante, e divide espaço à mesa com outros pratos como sarrabulho, dobradinha, mocotó, carne-de-sol, galinha ao molho pardo, todos acompanhados de farinha d’água. Na sempre farta cozinha maranhense destaca-se o Arroz-de-Cuxá, símbolo da culinária do Maranhão, é feito com uma mistura de gergelim, farinha seca, camarão seco, pimenta-de cheiro e o ingrediente especial – a vinagreira (hortaliça de origem africana muito comum no Maranhão).

Silvia Cristina Viana Silva Lima

Docente/Departamento Saúde Pública Universidade Federal do Maranhão

O Caminhão Museu conta com os seguintes ambientes:

  1. uma sala de cinema com projeções de vídeos curtos, como videoanimações, sobre
    o tema da Independência.

2. uma sala de realidade virtual onde o visitante poderá ser fotografado participando
de dois momentos históricos destes itinerários

3. Biblioteca equipada com livros e HQs sobre a Independência, além de oito
computadores, onde o visitante poderá escutar podcasts e acessar ao site
Itinerários Virtuais da Independência – realização da UFMG em conjunto com a
Comissão Especial Curadora do Bicentenário da Independência do Brasil no
Senado Federal.

4. Onze painéis com reproduções de obras de artistas, brasileiros e estrangeiros –
inclusive contemporâneos. Estes painéis remetem a eventos emblemáticos destes
itinerários nas diferentes províncias e nas Independências das Américas que, de
alguma maneira, tiveram ressonância no Brasil.

5. Painéis instagramáveis com dois personagens exemplares da luta pela
Independência no Brasil.

6. Vira-Vira As mulheres que estavam lá.
Havia mulheres decididas a governar as próprias vidas, que ameaçavam as
convenções morais e sociais estabelecidas e dispostas a desafiar o mundo proibido
da participação política. Também levaram a sério um projeto de Independência para
o Brasil. Viveram esse projeto de maneiras diferentes, partiram de patamares sociais
desiguais, e atuaram de forma diversa: algumas dessas mulheres empunharam
armas, outras se engajaram no ativismo político. Mas todas elas recusaram o lugar
subalterno que lhes era reservado. Apesar disso, até hoje sabemos pouco – ou
quase nada – sobre a história dessas mulheres e o modo como se posicionaram de
diferentes maneiras no centro da cena pública durante a Independência do Brasil.
Seu protagonismo continua esquecido. São elas: Hipólita Jacinta Teixeira de Melo,
Bárbara de Alencar, Ana Maria José Lins, Maria Felipa de Oliveira, Maria Clemência
da Silveira Sampaio, Maria Quitéria de Jesus, Imperatriz Leopoldina, Uma menina
baiana.

 

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